Coluna Editorial
Simplesmente inexplicável. Esta é a melhor definição que temos para algumas coisas que acontecem em nosso dia-a-dia. Estamos nos referindo às datas especiais como Páscoa e Natal, que são as duas mais importantes festas do calendário Cristão e que, por força de costume ou da mídia empresarial se transformaram em épocas de consumo. O que mais nos chama atenção, porém, é o fato de algumas iguarias que só são lembradas em tempo destas festas, para tanto escolhemos duas que abordaremos de maneira mais abrangente, tentaremos colocar a nossa opinião sobre elas: o ovo de Páscoa (chocolate em forma de ovos) e o panetone do Natal (uma espécie de pão com frutas cristalizadas e passas)
Existem pessoas que têm verdadeira loucura por este produto, que chegam a dizer o absurdo, “se eu não comer panetone, pra mim não teve Natal”. As indústrias fazem grande divulgação na mídia e há muito tempo, vêm conseguindo seu intento, vender grande quantidade no período natalino. As redes de supermercados fazem exposição de seus estoques de forma que as vendas também sejam a contento. Afinal, demoraria um ano para novo pico das vendas e o produto é perecível. Com os ovos de Páscoa acontecem a mesma coisa, as grandes indústrias faturam horrores com o período, contam com a vantagem de que seu público alvo são as crianças e jovens na troca de presentes. É uma fábrica dos sonhos.
Fazemos duas perguntas: – muitas pessoas pensam como nós – porque que o panetone não pode ser vendido fora da época do Natal? Porque os ovos de Páscoa após o domingo da festa passam a custar tão pouco, quando antes custavam os olhos da cara? Nos condicionam ao ridículo das datas até para nossa alimentação e alienados, fazemos o jogo daqueles que já têm tanto. Quantas vezes que vemos pessoas sem a mínima condição financeira sendo obrigadas por este modismo, gastando o que não têm, para dar chocolates para seus filhos na Páscoa, quando poderiam dar no Natal. Para encerrar, se as pessoas gostassem mesmo de panetone, pediriam aos fabricantes que colocassem no mercado o ano todo com o mesmo apelo de venda. O Natal é o nascimento de Jesus, Páscoa a sua ressurreição, o que passar disso é comércio.
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