Editorial
Com a crescente incidência e reincidência de menores infratores, que participam ou são autores de crimes bárbaros ou não, os políticos e toda a sociedade organizada discutem a questão tentando encontrar meios de coibir o ingresso de pessoas tão jovens no mundo negro do crime. Infelizmente, isso não é coisa de cidade grande, o problema está em todo Brasil e em Campo Mourão e Região também. Que pena! Fala-se muito em diminuir a maioridade, para que – a exemplos de outros países – o menor possa se responsabilizar por seus atos ilícitos. algumas autoridades defendem que seja 16 anos, tem quem defenda que seja 13.
Importante analisarmos algumas questões antes de formarmos às cegas uma opinião e passarmos a defendê-la, o sistema penitenciário em nosso País é falho e na maioria das vezes faz de um marginal – que cumpre pena – um marginal ainda pior quando ganha às ruas, após ter cumprido seu tempo de reclusão. Não há programas educacionais nos presídios e nem trabalhos profissionalizantes. Retirar das ruas por um período e a sociedade arcar com suas despesas é muito pouco. “Em tal país, se um menino comete um delito ele paga por aquilo que fez na cadeia”. Este comentário seria justo se tivéssemos aqui, as condições que têm lá, onde esse ‘menino criminoso’ sai da prisão sendo apenas um menino, claro que existem as exceções como em todo caso.
Prender apenas é muito pouco, pois se resolvesse realmente o problema, não teríamos um número ínfimo de marginais adultos recuperados, como podemos observar sem tanto conhecimento de causa. Infelizmente, a solução para tão grave questão social é mais abrangente do que parece, há a real necessidade de atacarmos nas bases, nas famílias. Formar bons homens é a única maneira que temos para evitar tais mazelas. Evidente que para isso todos têm que fazer a sua parte, que começa pelo governo, socializando a vida do brasileiro, como forma de fuga do analfabetismo e miserabilidade. Nossas prisões são marginalizadoras e como garantir educação ao preso se até os homens de bem não a tem?
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