Antonio José – Da Editoria

Gilmar é Casado com a catarinense Dina Gandolfi Cardoso (a 1ª mulher eleita prefeita do Município de Farol e presidente da COMCAM), é pai das meninas Lydia Luyza e Lygia Gabryelle (foto) e avô da Esther e da Agatha.
Você foi o primeiro prefeito de Farol. O que esse feito significa na sua vida?
Uma inspiração para os jovens acreditarem no potencial e capacidade de realizar, pois, ainda fui à época na gestão 1993-1996 o prefeito mais jovem do Paraná, eleito aos 23 anos de idade. Nascido na colônia da Serraria Vitória (Família Staniszewski) em Farol. Filho biológico de uma jovem adolescente, solteira, Silvia Maria Cardoso; que só conheço de nome e que desde a data da minha adoção aos seis meses de vida, ninguém jamais teve notícias do seu paradeiro.
Pessoalmente foi um propósito divino elevar um menino a essa condição e sob as bênçãos de Santo Antonio, o nosso Padroeiro, ajudar-nos à fazer um Farol melhor para todos.
Como foi iniciar os trabalhos em um distrito que virou município?
Um desafio e uma missão cumprida! Tivemos a oportunidade, pela vontade da nossa boa gente farolense, de formar a base sólida que tornou Farol uma referência estadual nestas três décadas de sua emancipação político-administrativa, atualmente sob o comando do prefeito Oclécio Meneses. Fomos pioneiros em várias iniciativas da administração pública e a decisão plebiscitária pela autonomia foi acertada. Credito esse mérito a todos quantos nos ajudaram nesta empreitada vitoriosa, cantada nos versos do refrão do nosso hino: “Terra amiga, gentil, dadivosa/ Onde o milho, a soja e o algodão/ enobrecem a mão laboriosa, que cultiva os tesouros do chão / Salve Farol, outra mais bela não há, és o orgulho do meu Paraná”.
Poeta e um dos pioneiros em lançar livros em Campo Mourão, como anda a escrita?
Sou autor dos livros de poesias Confissões de Ninguém (mar/89), Tempos&Contratempos (Nov/89), Panaceia (set/90), Poetar é Preciso (jan/92), Ensaio Geral (set/93) e Juntos: Poesia Nossa de Cada Dia (em parceria com o José Eugênio Maciel, em 2012), e tenho diversas participações em antologias estaduais e nacionais de contos, crônicas e poesias. A partir da era digital, a escrita tem sido em menor proporção com obras impressas, tenho feito mais artigos e contribuições literárias para jornais, principalmente.

Por conta de trabalho – é assessor parlamentar na Assembleia – não mora mais aqui. Qual a relação que mantém com Farol?
Sou Farolense de Campo Mourão, conforme minha certidão de nascimento registrada no Cartório dos irmãos imortais Augusto e Sanico Carneiro. Minha poesia mais importante, por ter sido a primeira a ser escrita, é um quarteto simples com estrofes de quatro versos, por feliz coincidência uma homenagem singela e infantil à minha querida terra natal sob o título de “Cidadezinha”, quando ainda era aluno da então 6ª série da Escola Estadual, numa aula de Língua e Literatura ministrada pela Professora e Diretora Célia Dadamo Carneiro.
E parafraseando de Campo Mourão para Farol a célebre frase de Maria do Desterro Brizola Maciel de Barros, “a cidade é o berço dos meus filhos, morada dos meus pais e endereço dos meus amigos”.
O que de melhor tem em Campo Mourão?
Compartilho do sentimento do Professor Egydio Martello de que seja o seu povo bom e hospitaleiro e suas riquezas sem igual; associados à solidez da COAMO, sob a liderança experiente do Dr. José Aroldo Galassini. Exemplar organização que nasceu em 1970 com 79 agricultores e hoje passa de 21 mil associados. A cooperativa é uma das maiores da América Latina, respondendo por 3,5% de toda a produção nacional de grãos e fibras e 16% da safra paranaense.
Sou fã do slogam alusivo aos 50 anos: A vida é a gente que transforma!
A ação dos Rotarys Clubs locais também é meritória de reconhecimento e aplausos.
O que de pior tem em Campo Mourão?
Essa pergunta recorda-me o querido Mestre, amigo e Professor Joani Teixeira quando escrevia na coluna social sobre as Coisas que Desagradam. Não só em CM, mas em qualquer lugar, é muito ruim conviver com pessoas falsas; quer estejam no ambiente de trabalho, no grupo de amigos, nas redes sociais ou até mesmo entre os familiares.
São egoístas e sem empatia. Identifique-as e fique alerta.

Qual sonho ou objetivo pessoal espera ver realizado?
Fazer uma viagem à Terra Santa é o meu em particular e o sonho de muitas pessoas, não só por questões religiosas como também históricas e culturais, uma vez que a cidade é quase que um museu a céu aberto! Ambiciono percorrer os caminhos de Jesus e da Sagrada Família, pensar que por ali eles viveram, sorriram, sofreram, trabalharam e deixaram suas histórias para a eternidade.
A Terra Santa é o lugar prometido ao povo israelita no antigo testamento. Em Jerusalém gostaria de fazer o caminho pelas 14 estações da Via Dolorosa percorrida por Jesus com a cruz redentora.
Qual sonho ou objetivo coletivo espera ver realizado?
Ter a nossa COMCAM como referência estadual, consolidada na prestação de serviços, agroindústria, saúde, educação e cultura estadual. O Polo Regional destacado do Paraná com suas cidades sendo efetivamente o espaço dos cidadãos e o melhor lugar para se viver com qualidade.
Suas considerações finais…
Recordo-me do limiar da atuação profissional do amigo poeta Antonio José Lemos Filho na lida com a imprensa local, ao lado do meu conterrâneo farolense Toninho Reinisz, Patrono da Cadeira 21 da Academia Mourãoense de Letras e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Campo Mourão. Se um dos meus livros é intitulado – Poetar é Preciso – o conhecido lema de sua vida e do Jornal O LIBERAL – É permitido Sonhar…! –
Parabenizo-lhe por manter acessa a chama e o ideal de se fazer um – Jornalismo com Franqueza –; tenho em mente que sempre trouxe ao público-leitor essa visão independente nas Colunas de Opinião, Síntese e no pioneiro fotojornalismo da Tristeza da Foto.
Quero que desde já deixe agendado o nosso compromisso: na primeira oportunidade de estarmos juntos, o reencontro tem cardápio e endereço certo, sorvete americano e pastel de carne com queijo na A Pastelaria #Sabor da Felicidade; nome bem apropriado para nos fazer voltar aos bons tempos da Velha Infância (Tribalistas), onde a gente não se cansa de ser criança.
Agradecimento:
“Verba volant, scripta Manet” (As palavras voam, os escritos ficam). Honrado e agradecido com esta deferência por parte do Jornal O LIBERAL e seu editor-chefe Antonio José pela oportunidade de contar e registrar a história, ainda que com tantas outras personalidades à nossa frente para serem reconhecidas e destacadas neste espaço. À você, os versos do inimitável sambista carioca Nelson Cavaquinho – Quando eu me chamar saudade –:
“Sei que amanhã
Quando eu morrer
Os meus amigos vão dizer
Que eu tinha um bom coração
Alguns até hão de chorar
E querer me homenagear
Fazendo de ouro um violão
Mas depois que o tempo passar
Sei que ninguém vai se lembrar
Que eu fui embora
Por isso é que eu penso assim
Se alguém quiser fazer por mim
Que faça agora.
Me dê as flores em vida
O carinho, a mão amiga,
Para aliviar meus ais.
Depois que eu me chamar saudade
Não preciso de vaidade
Quero preces e nada mais”.
– A GRATIDÃO É A MEMÓRIA DO CORAÇÃO –
Parabéns e Muito Obrigado!

Perfil…
Ídolo: Jesus Cristo, o Deus e o Homem;
Homem: José Semiguem – meu anjo e pai de coração;
Mulher: Dina Cardoso, exemplar e inspiradora;
Ator: Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, o genial Chico Anysio;
Atriz: Arlette Pinheiro Esteves da Silva Torres, a grande dama da dramaturgia Fernanda Montenegro;
Cantor: Francisco Buarque de Hollanda, o Chico Buarque com o protagonismo das mulheres em suas canções;
Cantora: Maria Bethânia Viana Teles Veloso, a baiana da gema Maria Bethânia;
Banda ou dupla: Legião Urbana, dos meninos de Brasília liderados pelo poeta do rock nacional Renato Russo;
Música: A – Casinha Branca -, de 1979 do potiguar Gilson, pela memória afetiva;
Filme: À Espera de um Milagre, com Tom Hanks; que transformou em imagem a obra literária de Stephen King;
Hobby: A Leitura e a Escrita, como fontes de prazer e aprendizado;
Time: C.R. Flamengo; o mais querido – Mengão que tem mundial!;
Político: O Dr. Ulysses Guimarães (1916-1992). O Senhor Diretas que “da fé fez companheira; da esperança, conselheira; e do amor, uma canção”;
Personalidade: O caridoso e carismático Padre Gilson Sobreiro de Araújo; o Pai-Fundador da Fraternidade Missionária O Caminho, em favor dos “filhos prediletos”, um exemplo de vida e santidade;
Vício: O que diferencia o hábito do vício é que esse sempre oferece efeitos de risco; mas, ainda, “workaholic”: viciado em trabalho; e no tradicional vinha cabernet sauvignon, recomendado pelos amigos da confraria Moacir Rener Bongiorno e Denir Daleffe;
Comida: Espaguete ao Alho e Óleo e Bacalhau à Gomes de Sá, especialidades insuperáveis da d(i)ona da casa;
Programa de TV: Jornais diários da CNN Brasil, Globo News e BandNews na TV por assinatura; no Rádio, gosto do Tocando de Primeira, do confrade Ilivaldo Duarte (Colmeia News);
Fato triste: As passagens para o Oriente Eterno dos meus pais Lídia e José Semiguem, precocemente quando eu ainda tinha 07 e 18 anos, respectivamente; mas como nos versos da canção Sonhos (do Peninha), ter saudades é melhor que caminhar vazio;
Fato alegre: Inesquecível: a dedicatória impressa do meu primeiro livro de poesias “Confissões de Ninguém” (em março de 1989), para o meu pai e a emoção incontida que o levou às lágrimas na noite de autógrafos, na associação comunitária de Farol;
Frase: “Ora et labora, Deus adest sine mora” (Reze e trabalhe, Deus se apresenta sem demora), o lema de São Bento; – e – a que Santo Inácio de Loyola, jesuíta, dizia: “Ore como se tudo dependesse de Deus e trabalhe como tudo dependesse de você”.
Tudo está Justo e Perfeito!
Comente este post